03 September 2008

THE MUSICAL FUTURE


"I Feel Love" - Donna Summer

"One sunny morning, just before he left [for Germany], Eno was strolling up Notting Hill's Portobello Road, when he heard a song issuing from an open window. It stopped him dead in his tracks. Combining a robotic, propulsive synthesizer backing with a yearning, sensual female vocal, it sounded like disco-soul music as Kraftwerk might have imagined it. He heard it again in an Oxford Street record shop where he learned that it was Donna Summer's 'I Feel Love'. Eno, like millions of other record buyers, fell instantly in love with it, purchased it and proceeded to announce to all and sundry that he'd heard the musical future" (On Some Faraway Beach - The Life And Times Of Brian Eno, de David Sheppard)

(2008)

5 comments:

Anonymous said...

Não conhecia este vídeo. E a música só conhecia em outras versões. Magnífica a gaija aqui.

pennac said...

Ui..as memórias..."that's the way, uh,uh, I like it..."

Táxi Pluvioso said...

Giorgio Moroder bate no Eno to the chão.

Anonymous said...

Fonix!!, vou transplantar freneticamente esta enguia eléctrica

Anonymous said...

Pena que o Eno da última década e meia tenha deixado de ser o "visionário" que era, musicalmente (com - hélas! - uma ou duas excepções pontuais). Continuo a lê-lo com interesse, porém.
Não esqueço a desilusão de ouvir o LP "Wrong way up" na extinta loja Tubitek, na baixa do Porto, no mesmo dia em que lá chegou o disco de dois dos meus (então) compositores favoritos (Eno e Cale) e pelo qual ansiosamente aguardava. Não. Não podiam ter feito algo tão desgraçadamente mau. Salvava-se "Cordoba", muito pouco. Nesse dia aprendi muito sobre gestão de (des)ilusões.
Salvo melhor opinião (e quem escreve estas linhas tem toda a discografia a solo do Eno, em LP ou CD, incluindo as Boxes, e dezenas de colaborações), o declínio musical (com extraordinárias excepções, porém) começou por altura do "Music for Films III" - já bastante desinteressante. Se marcou de forma notável a produção de outros autores/grupos nos anos 70, 80 e parte de 90 (Jon Hassell, Neville Brothers, alguns U2, Harold Budd, ...) hoje já espero, com pena, o pior quando leio que Brian Eno vai produzir este ou aquele disco (mais uma vez salvo melhor opinião, Laurie Anderson teria conseguido um Brighter Red sem BE, por exemplo). A fórmula, as "soluções", estão mais do que gastas - não por outros, por ele próprio. Rasgo: aguarda-se!
Fui também um (já não iludido) espectador do concerto inserido no Porto 2001 e confesso que teria saído de lá horrorizado não fora, a certa altura, uma excelente interpretação de "No one receiveing" - mas que, at the end, coube no concerto como caberia um "hit" do princípio dos anos 70 do Stevie Wonder num actual putativo concerto dele com o Paul McCartney: que bons que eles foram, porquê isto?...
Para rematar, que isto vai longo: esta diatribe deve-se a ter hoje ouvido integralmente, em stream, o novo álbum de dois "visionários" dos anos 80, David Byrne e Brian Eno. Aguentei até ao fim.
Não descartando a hipótese de serem os meus os defeituosos, que os anos passam de igual forma para mim e para eles, terão os ouvidos de Byrne e Eno deixado de funcionar devidamente? Numa perspectiva de neurociências: terão deixado de interpretar os sons como o faziam antes ("My life...")?
Ou o disco é muito mau ou sou eu que estou a ficar reaccionário...
RL