23 June 2013

"(...) A troika ir-se-á embora fisicamente em Junho de 2014. Haverá festas, champanhe, foguetes e o governo usará essa saída da troika como um dos escassos trunfos eleitorais que tem para 2015. Mas, fora da propaganda, nem a troika se vai embora, nem os objectivos do memorando foram conseguidos. Aliás, a enfâse no pós-troika significa isso mesmo: a constatação do falhanço do memorando, de que nenhum objectivo nem do défice, nem da dívida, foi cumprido, contrastando com o zelo “para além da troika” na austeridade dos trabalhadores e pensionistas, e nas leis laborais, no desmantelamento do estado e parcialmente nas privatizações. (...) 

"Em vez de ter periodicamente o espectáculo da submissão, com o espavento da chegada ao aeroporto, das idas aos partidos, à Assembleia, ao Presidente e às instituições, uma outra troika invisível nos inspecionará na mesma de um ou vários gabinetes em Bruxelas e Frankfurt. Para isso, exige-se um governo de ocupação e partidos colaboracionistas, que aceitem o mesmo tipo de supervisão alheia sobre o parlamento português, sobre a liberdade dos partidos e das eleições. Este é que é o problema do pós-troika e é eminentemente um problema político e de soberania". (aqui)

2 comments:

Unknown said...

talvez mudarmos de eleitores?!! com estes as escolher como até aqui vais-se repetir o pós resgate de tempo do M.Soares = um sucesso estrondoso e uma rampa até ao proximo buraco; a seguir repetimos as cenas que de tao frescas já sabemos de cor. Haja fé e os nossos eleitores não os vão abandonar agora..talvez a abstençao seja grande e sempre ajuda (na minha terra a maioria absoluta foi obtida com 19% -63% abstençao!!!)

João Lisboa said...

Voto em branco com representação parlamentar de cadeiras vazias.