06 July 2013

“Se me perguntam...


... se eu disse que era 'irrevogável'? Bruxo! Se me perguntam se eu disse que 'obedecia à minha consciência e mais não podia fazer'? Correcto e afirmativo. Se me perguntam se eu declarei que 'ficar no Governo seria um acto de dissimulação'? Olarilas. Se me perguntam por que motivo, então, fico? Sei lá! Se calhar é por causa das condições atmosféricas, como dizia o outro. Ou porque o gajo da Super Bock (rock'n'roll, yeah!) me convenceu que vende mais bejecas se eu estiver com a mão no pote (e, se ele estiver também, ainda melhor). Ou porque, quando ando de submarino, sou acometido pela embriaguez das profundezas. Ou porque digo sempre a primeira coisa que me vem à cabeça. Sou como a Jessica Rabbit, "I'm not bad, I'm just drawn that way".



Mas, pensando bem, no fundo, no fundo, acreditem, foi pela simples razão de que fiquei inteiramente convencido que isso conduziria a uma crise nas negociações com a missão externa, a que se seguiria uma crise do Governo, a que se seguiria um caos que levaria a desperdiçar todo o esforço já feito pelos portugueses (stop me if you think you've heard this one before)". (antecipação do discurso de Paulo Portas, logo ao fim da tarde)

1 comment:

Táxi Pluvioso said...

Irrevogável mas não irreversível, - é como o universo, infinito mas limitado, o que é preciso é ir sempre em frente, dar a volta, que aparecemos no mesmo lado.